Pelé começou sua carreira no Santos FC, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a Seleção Brasileira dez meses depois. Na década de 1960, foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no Santos.
Um
fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua
visita à África em 1969. No transcorrer da guerra civil no Congo Belga,
para que Pelé e o time do Santos transitassem em segurança entre
Kinshasa eBrazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das
agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a
transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro.
Atuou
como goleiro por quatro vezes, todas pelo Santos. Nas quatro
oportunidades, somou 54 minutos atuando debaixo das traves e não levou
nenhum gol.
Na
década de 1980, namorou a então aspirante a modelo Xuxa,sendo
considerado o principal responsável pela projeção inicial dela na mídia.
O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme
erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa
teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por
iniciativa da própria atriz, que se tornara famosa e rica na TV e
brasileira atuando como apresentadora infantil.
Foi
ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998; nessa época aprovou
mudanças na Lei Zico, que passou a ser conhecida como Lei Pelé. A
legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na
verdade segue em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para
contratação de jogadores.
Em
2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé
foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque
argentino Diego Maradona. Em 3 de março de 2004, junto a FIFA, Pelé
elaborou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos,
denominada FIFA 100. Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário
por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho,
autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.
Camisa 10
Depois
de Pelé, a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time,
tanto no Brasil quanto no exterior. No time do Santos e no do Cosmos de
Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. Em sua
estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a
camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de
1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um
membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de
fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas.
Gol de placa
O
termo "gol de placa" surgiu por conta de um gol marcado por Pelé no
Torneio Rio-São Paulo. O jogo em que Pelé marcou o primeiro gol de placa
da história ocorreu em um dia 5 de março na partida Fluminense 1 x 3
Santos, válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1961. O gol ocorreu aos 40
minutos do primeiro tempo e foi o segundo de Pelé no jogo (Pepe
completou para os santistas e Jaburu descontou para o Fluminense).
Após
driblar vários adversários vindo do meio-de-campo com a bola dominada,
Pelé venceu o então goleiro Castilho fazendo com que o Maracanã e o
jornalista Joelmir Beting explodissem em euforia. O jornalista,
empolgado com o fantástico gol que havia visto, disse que tal gol
merecia uma placa tamanha sua beleza. Assim, uma placa de bronze foi
feita e colocada na entrada do Maracanã onde permanece até hoje. Desde
então, todos os gols marcados com rara beleza são intitulados "gols de
placa".
ClubesSantos
1956–1974
Estreia: Santos 7 - 1 Corinthians de Santo André, em 7 de julho de 1956. (primeiro gol de Pelé, sexto do Santos na partida).
Última partida: Santos 2 - 0 Ponte Preta, 2 de outubro de 1974.New York Cosmos
1975–1977
Última
partida: New York Cosmos 2 - 1 Santos, no Giants Stadium (Nova Iorque),
em 1 de outubro de 1977. Pelé atuou um tempo por cada equipe e marcou o
primeiro gol da equipe estadunidense cobrando falta.
Seleção brasileira
Estreia:
convocado pela primeira vez pelo técnico Sílvio Pirilo depois de
brilhantes partidas no Maracanã, na qual atuou em um combinado do Santos
e Vasco da Gama (fonte: página oficial do Vasco na internet, acessada
em 25 de março de 2008). Derrota de 1 a 2 para a Argentina em 1957, pela
Copa Rocca. Gol dele.
Copa
de 1958: convocado com 17 anos, se machucou na véspera da competição,
mas Paulo Machado de Carvalho resolveu levá-lo assim mesmo. Estreou no
terceiro e decisivo jogo do Brasil, juntamente com Zito e Garrincha. Ele
não marcou, mas o Brasil venceu por 2x0 a URSS. Nessa copa Pelé foi
chamado pelos franceses de "Rei do Futebol", dando início a uma
verdadeira lenda internacional, tornando-se uma das personalidades mais
conhecidas do mundo durante o século XX.
Copa
de 1962: Pelé se machucou na virilha, no segundo jogo do Brasil. No
primeiro ele havia feito um gol. Não jogou mais aquela competição.
Copa
de 1966: Pelé foi caçado em campo pelos adversários, que usavam do
chamado "Futebol Força" para surpreender o Brasil. Jogou apenas duas das
três partidas que o Brasil disputou naquela Copa. Fez sua última
partida com Garrincha, na vitória de 2x0 sobre a Bulgária. Juntos, os
dois astros nunca perderam uma partida de futebol pela seleção.
Copa
de 1970: Ameaçado de ficar no banco de reservas, quando Zagallo assumiu
a seleção, Pelé jogou tudo que sabia e comandou o Brasil na sua mais
impressionante campanha em Copas, ganhando definitivamente a Taça Jules
Rimet.
Despedida: Maracanã, dia 18 de julho de 1971, com público de 138.575 pagantes. Brasil 2 a 2 Iugoslávia.
Despedidas
Além
da Seleção Brasileira, Pelé se despediu como jogador do Santos em 1974
(vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta) e do New York Cosmos (1977,
jogando um tempo em cada equipe, marcando um gol pelo time nova-iorquino
que venceu o Santos por 2 - 1). Na festa estadunidense, com direito a
participação de Muhammad Ali, Pelé daria seu grito repetido por milhares
de pessoas: "Love! Love!".
Seria
a estrela de partidas de despedida de outros astros, como Garrincha em
1973 (fez um gol pela Seleção Brasileira, driblando toda a defesa
adversária formada por estrangeiros que atuavam no Brasil); e da de
Beckenbauer em 1982, quando fez seu último gol. Carlos Alberto Torres
reclamou que Pelé não participou da sua despedida. Tanto Beckenbauer
como Carlos Alberto, foram seus companheiros no Cosmos.
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